segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ode ao Álcool...


Elizeth Cardoso diria, eu bebo sim, estou vivendo
Tem gente que não bebe e está morrendo
E Jimmy, responderia, estamos todos bêbados
Bêbados de cair, e todos que não estiverem bêbados dêem o fora daqui
E dentro e fora do carvanal quer ouvir todos cantar
Eu passo mão na saca saca saca rolha e bebo até me afogar
E Raul Seixas cantando levemente ao fundo
Veja um poeta inspirado em Coca-Cola que poesia mais sem graça ele iria expressar.
E em outro ritmo, eles convidam: “Vamu simbora prum” bar
Beber, cair e levantar!
E garçom, aqui nessa mesa de bar, você já ouviu Reginaldo Rossi chorar
Mas preste atenção em mim também, por favor!

sábado, 21 de maio de 2011

Feliz.

Sabe como eu sei que estou apaixonada?

Está na forma como ando!



Meu caminhar é um samba de gafieira.



Cada passo, expondo a alegria que só a dança tem



Aquele gingado, puxado pro malandro carioca



Só me falta o terno branco com a camisa em tom listrado



Perto dela é um bolero, mais lento e romântico



Mas sem perder o ar maroto



Espero que entre nós role um Tango



Quente, apaixonante, mas sem a tristeza pra atrapalhar.



E posso não ter o dom do Zouk ou da Lambada,



Mas Lenine me ensinou a levar na valsa.



E com calma levo, quando a ansiedade baixa.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ritmo de frouxidão.

Eu procurei uma canção pra explicar o que eu sentia
Uma bossa nova, ritmada em frouxidão
Era frio, era medo, eram todas as surpresas da vida
Aquela musica que diz pra todo mundo
Que do mundo já não sabe o que esperar, não.

Se está sozinha e não confia no sentimento
Coloca uma música triste, pra tentar dar vazão
Mas sua tibieza é ela não amar mais não
Não encontrar uma música que explique a sensação.

Vejo as palavras por elas ditas, e pensa
"Será possível alguém que ama?"
O amor, pra ela simplesmente esgotou?
Ou desperdiçou, como bica de água pura perto do esgoto?

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A sinceridade é curta.



Meus textos não têm finais, não têm meios, não tem inícios, tem o dom de um pensamento perdido, tem a força de uma pessoa incerta, tem a certeza de quem não tem certeza de nada, mas expressa o pouco que 'acha', que passa o pouco que vê, e quem conhece entende, apesar de não ter inicio, não ter meio e muito menos um final. Mas tem a essência, tem o pouco da alma da mulher que queria ser menina, ou da menina que queria ser mulher.

Eu admito que não queria ver... Mas eu vi


Eu vi a tristeza no seu dia-a-dia.
Eu vi a franqueza de uma alma ferida
Eu vi a fúria de uma menina perdida
Eu ouvi gritos à noite
Eu senti o frio que vem do oeste
Eu percebi seu choro quieto
E percebi seu pensamento incerto
Eu vi sua cabeça baixa
Eu vi você fora da faixa
Eu vi o vazio dos seus olhos
Implorando por novos modos
Eu vi o álibi notório, que virou o jogo
Que te fez perder de novo.
Que te fez perder o sono.
Que te fez imaginar
Que te leva pra um mundo
Onde eu só repeti o repertório
Eu vi a fragilidade da donzela
E vi a força da amazona
Eu vi o frio da russa
E o calor da que usa burca.
Eu a vi em todo tipo de lugar
E mesmo assim, não consigo deixa-la andar.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Morda-me


Eu vou descobrir quem é você;
Eu vou descobrir detalhes que você não gostaria que eu soubesse.
Vou desvendar seus gostos, e tudo que você deseja.
Morda-me com força, e mostra que se importa, nem que seja pra me causar dor.
Me cause qualquer sensação, mostre que quer me ver sentindo algo por você.
Nem que seja ânsia, nem que seja vontade de correr, nem que seja te querer...
Mostre que também se importa, ou simplesmente mostre que não me quer.
Me enxote, me diz que de nada valho, que pra voce eu e o nada somos comparáveis...
Me puxa, o braço, o corpo, o cabelo... morda-me com força por favor...
Pra sentir prazer ou dor. Pra sentir frio ou calor.
Morda-me, por favor!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Não é Fácil - Marisa Monte com observações pessoais


Não é fácil
Não pensar em você
(O que será que aquela vaca ta fazendo?)

Não é fácil
É estranho
(Será que hoje tem jogo do curintia? Ela é corinthiana)

Não te contar meus planos
Não te encontrar
(Tropecei numa pedra e pisei no cocô)

Todo dia de manhã
Enquanto tomo meu café amargo
(Sabe aquele que você proibiu de por açúcar porque engorda)

É, ainda boto fé
De um dia te ter ao meu lado
(Mesmo sabendo que você me faz mal)

Na verdade eu preciso aprender
Não é fácil, não é fácil
(Pois cansei de sofrer na sua mão)

Onde você anda
Onde está você
Toda vez que saio
Me preparo pra talvez te ver
(Coloco aquela camisa azul que tanto adora)

[...]

Se você quisesse ia ser tão legal
Acho que eu seria mais feliz
Do que qualquer mortal
(Seria feliz ao seu lado e ao mesmo tempo infeliz)

Na verdade não consigo esquecer
Não é fácil
É estranho
(Não consigo esquecer as mancadas, é foda)