terça-feira, 20 de julho de 2010

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 "O que raios voce está fazendo aqui?!" Gritou desesperada, olhando para mim.
 "O que afinal voce quer de mim?!" Num sussurro abafado.
 "Voce exite?"
 "Com certeza existo!"
 "Então porque eu?"
 "Pelo simples prazer de ser voce"

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

E ...

 Se apaixonar é uma coisa tão estranha...
 Você flutua andando, e anda flutuado
 Parece que nada pode te derrubar, as preocupações nada são
 É tudo muito lindo é tudo muito belo
 Mas paixão não é amor, amor é neutro, simples
 Te faz bem e te faz mal, pois a paixão passa
 O amor fica, e se o amor machucou, é difícil de esquecer.
 Estranho é quando você ama, se apaixona, se machuca
 E se apaixona de novo pela mesma pessoa, aquela mesma que
 Você se apaixonou, amou, se machucou, machucou, ama e....


(Foto roubada do blog da mozi.)

sábado, 3 de julho de 2010

"Não quer falar um pouco sobre você?" Ah, já que convidou...

Eu não sei quem sou, não posso me definir. Pois daqui um dia, uma semana, um mês, ano posso estar diferente. Se não sou algo fixo, logo não devo dizer: Sou isso.
 Eu já fui tanta coisa, ou melhor, já achei que fui muita coisa. Já tentei ser algo, por preceito. Ah, se eu pudesse escolher... Minha vida teria sido completamente diferente, se ser o que sou hoje, me levou por um caminho turbulento? Deveras!
 Ai eu me recordo, de momentos remotos da minha vida. E as vezes eu acho que lembro, de lembrar.
 Lembro de uma garotinha, andando pela rua sozinha aos 3 anos pensando: Ah essas pessoas que passam por mim, nem imaginam que eu já tenho 3 anos *-* e não muito tempo depois, da mesma garotinha, saindo a noite com a mãe e a tia, e aproveitar a oportunidade para 'fugir', e se enfiar em algumas ruas próximas, vendo crianças um pouco mais velhas pulando corda e imaginar como a vida delas era legal. E algumas noites, quando eu fazia um muro de ursinhos de pelúcia e fazia planos mirabolantes de ataque ao inimigo da cama de baixo.
 O meu avô, dizendo: "Aquilo é formigueiro" e eu sair correndo, pular e cair de bunda na montanha das formigas... E depois da coceira. Sem esquecer também, minha avó fazendo brigadeiro, e dizendo: "Não põe o dedo, tá quente". Ahhh que dor foi aquela?! Lembro que ficou uma bolhona na ponta do meu dedo!
 A primeira vez que mostrei o dedo do meio, na maior inocência, realmente, levei umas boas palmadas da minha mãe. E os palavrões que foram fluindo na minha vida, mas que obviamente eram escondidos, até um dia que um menino saiu correndo gritando: "VOU CONTAR PRA SUA AVÓ"
 Lembro das primeiras pancadas que levei na escola, de uns garotos mais velhos. Lembro da primeira vez que consegui ler em silêncio, lembro de um toca fitas amarelo e um kinder ovo, lembro do dia que o Iuri nasceu, e eu na casa da minha tia assistindo uma tv de 13 polegadas preta e branca.
 Podem ser coisas que pequenas, mas me ajudaram a chegar aqui. Lembro da minha primeira paranóia, quando achei que um disco voador estava seguindo o carro do meu pai. Eu sentada em cima de uma mesa com um radio, vendo outras meninas dançando ballet e eu só observando, isso quando eu não aprontava e me mandavam pra sala dos meninos, que faziam karate e eu ficava lá, louca pra participar, mas não podia por ser menina, e quando liberaram, eu assisti a uma única aula, e meus pais me trocaram de escola.
 Meu fascínio por power rangers, e eu queria que queria ser a power ranger amarela. E em dia de excursão, minha mãe colocando o telefone de casa, e de todos os parentes na minha meia, e um conselho que me vale até hoje: Se você se perder, sempre vá para o metro mais próximo.
 Um velotrol azul, que um vizinho vivia roubando, e a mãe devolvendo, e a rua de casa, ahhh era uma ladeira incrível, só que passava ônibus, e uma vez ele quase me levou mesmo! Acidentes de carro são vários até incluindo ser atropelada por um caminhão que vinha de ré! E o dia que um carro bateu no carro do meu pai enquanto ele me levava para o trabalho, e eu realmente cheguei no trabalho, com a roupa cheia de vidro e segurando o braço, numa salinha e dizendo: Acabei de sofrer um acidente de carro!
 Mas nunca esquecerei do dia que aquelas kombi escolar estava me levando e mais um grupo de mini jogadores de futebol de volta para casa, e bateu num fusca, e eu voei com a cara no vidro (estava no banco da frente). Falando em futebol, já deu pra perceber que eu já me meti em vários esportes. Sempre amei esportes! Hoje sou uma sedentária por falta de opção, porque adoraria voltar a fazer algo. O ultimo que fiz foi Muay Thai, e estava indo bem! O futebol foi minha paixão dos 9 anos aos 15, jogava bem até, lembro que a escola que eu estudava na época também não deixavam as garotas jogarem, me orgulho de ter sido a primeira, sempre fui uma criança persistente, e não deixava justificarem com um: "Você é uma garota".
 Fui oradora em todas minhas finalizações de ciclos escolares (Menos o ensino médio, o qual conclui pelas coxas), e lembro que nunca tive muitos amigos na escola. Passei por 9 (numero não exato) escolas a vida toda. E sempre fui a encrenqueira, isso até os 14 anos, quando comecei um processo de alto-controle, ou foi a gastrite que apareceu na minha vida e nunca mais me abandonou. Eu também era cheia de probleminhas, com 13 anos tinha crises de enxaqueca. Mas nada supera os 16. Eu chamo de escuridão, chorava atoa, existia apenas pelo fato de existir, e comecei uma terapia ferrenda que durou até esse ano.
 Lembro dos poucos amigos que fiz, alguns guardo comigo até hoje, e tem uns que por mais que eu não converse, não deixam de ser importantes para mim. Lembro dos vários inimigos que fiz, e esses eu nunca esquecerei rosto e nome. Lembro os namoros, lembro os não-namoros-paixonites. E obviamente nunca esquecerei quem está comigo hoje, que é indiscutivelmente O amor da minha vida.
 Tudo isso e muuuuito mais, fizeram da Agatha que está escrevendo ser o que 'é' hoje. Mas ainda existem inúmeras decepções, alegrias, surpresas e voltas, e eu espero que tenham muitas mais!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pra mozi.

 Carinho carinho carinho
 Da beijo, no rosto do nenem
 Faz massagem faz faz
 Pega na mão, pega
 Da colinho
 Ombro, braço, umbigo!
 Urso mal, sofá legal
 Filme, DVD, série
 "Parece a gente"
 Eu não quero ser este
 Tá com fome?
 Vamos sair?
 Vamos ao cinema?
 Vamos fazer nada
 Nada é tão bom
 deitar lado a lado
 Falando do mundo
 e carinho, carinho carinho...
 Ai ai nenem... faz isso comigo
 Assim.

E nada restou...

Nada sou.
 Do nada que sempre fui, nada restou.
 De tudo ao meu redor, não vejo sol.
 Do pouco que sei, nada sei.
 De tudo que aprendi, sofri.
 Cansei de ver o sol se por sem mim.
 Cansei de ser coadjuvante de mim.
 Cansei de só eu, vai ser eu e mim.
 Quantas vezes desisti do mundo, duas
 Quantas vezes desisti de mim, inúmeras
 Quantas vezes foi tão verdade quanto agora?
 Mas antes eu pude contar com uma psicóloga
 Muitos amigos, meus pais...
 Hoje conto com a esperança
 De um dia conseguir superar
 Tudo o que se passa aqui dentro.
 Parabéns, 1 ano e 5 meses pra você.

Seu nome era Álainn, mas pode chama-la de vida!

 Sim, esse é o trabalho de Álainn, ser a vida.
 Tudo é um pouco do trabalho dela.
 Ela que faz as pessoas existirem, as plantinhas crescerem, os animaizinhos aprenderem a andar e comer sozinhos.
 Ela faz parte de tudo.
 Graças a ela, as pessoas nascem, crescem, se reproduzem... mas a morte não é com ela.
 Na verdade ela nem entende a funcionalidade da morte. Não é seu departamento.
 Ela não sabe causar dor nas pessoas próximas, nem sabe encaminhar o relatório de ida.
 Ela só sabe fazer rir, pegar no colo na hora da decepção, trazer os amigos pra perto na hora do choro...
 Ahhhh é puro entusiasmo, não tem gripe que a derrube, nunca apresentou um atestado
 Por mais que ficasse doente, não deixava de trabalhar
 No escritório, sua extroversão era conhecida por todos, não tinha um inimigo
 Afinal quem seria inimigo da vida? Ela não sabia!
 Só que, ultimamente ela percebera uma queda no seu trabalho.
 Porque do nada, o que pareciam 24 horas de vida, viraram 12... as vezes até 6.
 E as pessoas a chamavam de madrugada, mas ela não ia!
 Isso lá é horário de se trabalhar? Duas da madrugada?
 Quem raios procura vida de madrugada? Um vampiro, só pode!
Então ela chegou no chefão:
 - Oi boss, que tal me transferir?!
 - Transferir pra onde Álainn? Você faz tão bem seu trabalho de vida!
 - Os negócios vão mal - Ela diz - Ninguém mais me procura, a não ser que seja pra nascer.
 - Eu verei se alguém gostaria de trocar com você então, tudo bem?
 - OBA OBA OBA TUDO BEM TUDO BEM, VAI SER TÃO LEGAL, VOU FAZER MUITO BEM O TRABALHO EU PROMETO EU PROMETO EU PROMETO;
  O Boss saiu de mesa em mesa:
 - E ai, já pensou em ser vida alguma vez?
 - Então rapaz, ouvi dizer que não tem nada melhor que ser vida, topas?
 - Seu setor tá fraquinho essa década, vamos tentar outro então?
Ele já estava quase desistindo quando entrou o Tuga , com seu terno alinhadinho e as olheiras profundas:
- Tuguinha meu amor, como vão os negócios?
 - Ah, nunca foram mal.
 - Tuga, você sabe que eu sempre achei que você está no ramo errado ?
 - Sério? Pra mim isso é novidade!
 - Você conhece Álainn
 - Já ouvi falar, mas conhecer nunca conheci.
 - Então, ela quer conhecer outro ramo aqui da empresa, e como vocês são os melhores no que fazem, eu logo pensei em você. Não tem como errar no seu ramo, ele meio que funciona no automático, e você bem que precisa de umas férias! Então, que acha de ser vida por uns tempos?
 - Pode ser, mas eu não vou trocar de sala!
 - Tudo bem, pode ficar com a sua sala!
 Duas horas da manha, e Álainn estava no mais profundo sono, quando o Boss ligou:
 - Álainn, bem vinda ao seu novo cargo!
 - Hã?? 
 - Seu uniforme chega ai em 20 minutos, infelizmente esse cargo exige mais tempo de você, se prepare pra trabalhar MUITO.
 Ela já acorda nesse ponto, um sorriso de lado a lado.
 - O que eu sou chefão?
 - A morte! - O animo na voz do Boss foi de uma sagacidade medonha.

Seu nome era Álainn...

 Ao acordar, ela colocou aquela velha roupa de dormir.
 Levantou e se espreguiçou, fechou os olhos
 Deixou aquela sensação gostosa passar pelo corpo
 Aquilo que parece que o dia será maravilhoso
 Colocou nos pés aquele tênis confortável
 Que de tanto jogar futebol, foi proibido de usar pra sair
 Esqueceu o guarda-chuva, hoje não seria necessário
 Nunca é.
 Ao sair murmurou: Hora de trabalhar!
 Pisou na rua e procurou por onde começar
 seu trabalho diferente, era de se invejar.
 Viu uma criança sentada, se aproximou
 E a fez brincar.
 Seu nome era Álainn
 Mas pode chama-la de vida.