sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Noite

Tem noites que o sono aperta, aquelas que o sono foge, que estou bem acompanhada, às vezes não quero ninguém do lado.
 Há noites que o calor não permite o sono, ou que o frio me faz dormir mais, em que estou com a mulher amada, ou que acho que amar é coisa pra nunca mais.
 Noites onde o que rola é um barzinho com os amigos, outras onde é balada com conhecidos, mas às melhores noites são com pipoca e um filme abraçada com carinho.
 Existem noites onde a alegria desperta, e noites onde a angustia aperta, onde sorrio até dormir, ou até o choro me fazer cair, às vezes acompanhada dói menos, às vezes acompanhada dói mais.
 Há noite onde quero sexo, outras em que quero amor, um carinho, um abraço um dengo e tá tudo bem, nem todas consigo, mas sei que outras vêm. 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Vácuo

 Queria descrever como o vazio é, sem nada ao seu redor, nem vozes e ruídos perdoam a alma aflita que grita e não consegue nem ao menos escutar o eco no infinito.
 Não existe frio para rachar os lábios, nem verão para dourar a pele macia como a de um bebê pairando, na espera de uma escapatória. Uma porta que se materialize no nada e te permita voltar para os braços da sua existência, que a partir daí só poderá ser interrompida pela morte tão temida pros que vivem nesse galpão de informações.
 Partiu lendo um livro com páginas em branco e o titulo riscado para não criar em sua mente uma história aleatória com base naquilo.
 Que seja para sempre o imenso e infinito vazio, as memórias um dia apagadas voltem sem a distração dessa vida e de outras (Se é que existem.) para nos alimentar de experiências vividas e esquecidas, a maturidade e experiência ignorada ou simplesmente não absorvida, faça menos falta.
 Irmãos de sangue, irmãos de coração abalados pelo oco que você é, naufragando qualquer chance de navegar por outros portos, se é que existem portos novos para se conhecer.
 

Parem já de procriar!

Parem já de procriar
Parem já de se reproduzir
O mundo está infectado
E colocar mais um no mundo por ruir
Parem já de procriar
Vai querer que seu filho
Viva nessa merda como nós
Parem já de procriar
Mais um bandido vestido de mocinho
Mais um mocinho se tornando em bandido
Uma criança que apanha na escola
Ou uma que bate nos amigos
Ninguém é impune
Nesse mundo cretino!
Parem já de procriar!
Parem já de se reproduzir!
A sua imagem e semelhança ele vai sair
Tão fudido quanto você
Tão fudido quanto nós todos.