terça-feira, 8 de novembro de 2011

Algumas verdades

Não se importe se eles não se importam
Com o cheiro de suor que emana do emaranhado
Da gente abafada e apertada indo pro trabalho
Ganhando menos do que o necessário
Não espere a chuva passar
Se ela passa você perde o horário
Perde o salário inteiro e leva uma bronca
Fica doente e não ganha atestado
Não ligue a TV á noite
Ela te vende pensamentos prontos
Você compra coisas que não tem uso
E paga o preço do abuso.
Não gaste tudo com pouco
Pense no aperto como é pior
A criança na rua pedindo dinheiro
E o pai dela confinado no bar.
Que o direito seja conquistado
Seja no congresso ou por comício
Que o ladrão seja deportado
Como foram artistas queridos.
Diga não para os mesmos políticos
Que roubam tudo e deixam vestígios
Vestígios de dinheiro seu,
Há muito tempo foi perdido.
E que o não se espalhe pelo mundo
Que não venda o pobre pra ficar mais rico
O povo pinte a cara nas ruas
Proteste pelo que faz sentido.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sveglio da Sola



O céu cinza na noite empoeirada,
Sexta-Feira, descalça com pés na areia.
Horário de verão nos da à certeza,
Amanhã o dia começa antes
A luz do corredor acesa,
O ultimo suspiro de sono,
Sua respiração leve no travesseiro.
Sua casa viva pela minha alma errante;
Balanço o corpo gelado sentada num canto da cozinha,
Leio um livro, canto baixo,
Componho toda uma sinfonia
Acompanhada por esse pingo teimoso,
O pingo no cano de alumínio cantante.
Uma janela longe com dois corpos;
Um corpo coberto de ouro;
As vozes afastadas atrás de uma porta entreaberta;
O ultimo cigarro da noite,
Sono vem me levar pro mundo dos sonhos
Arranca-me da realidade e da eletricidade que emana da carne.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011


As grandes empresas te contratam, olham o seu currículo e conteúdo, te vêem pessoalmente e já pensam:
Você vai mudar por mim
Vai deixar de existir por mim
Vai perder sua personalidade por mim
Vai trabalhar por mim
Vai querer lutar por mim
Vai fazer o que eu não quero pra mim
Vai ganhar dinheiro pra mim
Você não vai mais ser você
Vai ser só mais um fantoche meu!
Só mais um qualquer, mas meu!

domingo, 2 de outubro de 2011

Fadiga


 Um cansaço do mundo que parece sobrenatural, fadiga da voz da minha mãe chamando meu nome, do meu pai falando com alguém no celular, meu irmão resmungando, dos carros passando, dos homens andando, das mulheres cantando, do ônibus cheio, do metrô lento, da risada das crianças na praça, da música alta na balada, do cheiro e gosto da cerveja, do refrigerante que não refresca, do cheiro de sexo na roupa suja.
Canseira na caminha até a padaria, até a academia, até o mercado, das risadas e o falso ‘tudo bem’ que sempre falo, da ignorância, da alienação, do cheiro de livro velho e ruim, do cheiro de livro bom e novo. Das músicas sem melodias, das melodias sem letras, dos artistas sem alma, desventura acabada com o mocinho e a mocinha que ficam juntos, do final conhecido e repetido, do romance clichê e mesmo assim admirado.
 Cansei do convencional, cansei da habitualidade, do corriqueiro, cansei de mim, cansei dos outros, cansei do computador, cansei do celular, cansei das redes sociais, cansei dos jogos, dos livros digitais, construção de memórias virtuais em HD que por mais que se assemelhem em nada me parecem com a vida real, com as cores concretas, com os cheiros legítimos.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Noite

Tem noites que o sono aperta, aquelas que o sono foge, que estou bem acompanhada, às vezes não quero ninguém do lado.
 Há noites que o calor não permite o sono, ou que o frio me faz dormir mais, em que estou com a mulher amada, ou que acho que amar é coisa pra nunca mais.
 Noites onde o que rola é um barzinho com os amigos, outras onde é balada com conhecidos, mas às melhores noites são com pipoca e um filme abraçada com carinho.
 Existem noites onde a alegria desperta, e noites onde a angustia aperta, onde sorrio até dormir, ou até o choro me fazer cair, às vezes acompanhada dói menos, às vezes acompanhada dói mais.
 Há noite onde quero sexo, outras em que quero amor, um carinho, um abraço um dengo e tá tudo bem, nem todas consigo, mas sei que outras vêm. 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Vácuo

 Queria descrever como o vazio é, sem nada ao seu redor, nem vozes e ruídos perdoam a alma aflita que grita e não consegue nem ao menos escutar o eco no infinito.
 Não existe frio para rachar os lábios, nem verão para dourar a pele macia como a de um bebê pairando, na espera de uma escapatória. Uma porta que se materialize no nada e te permita voltar para os braços da sua existência, que a partir daí só poderá ser interrompida pela morte tão temida pros que vivem nesse galpão de informações.
 Partiu lendo um livro com páginas em branco e o titulo riscado para não criar em sua mente uma história aleatória com base naquilo.
 Que seja para sempre o imenso e infinito vazio, as memórias um dia apagadas voltem sem a distração dessa vida e de outras (Se é que existem.) para nos alimentar de experiências vividas e esquecidas, a maturidade e experiência ignorada ou simplesmente não absorvida, faça menos falta.
 Irmãos de sangue, irmãos de coração abalados pelo oco que você é, naufragando qualquer chance de navegar por outros portos, se é que existem portos novos para se conhecer.
 

Parem já de procriar!

Parem já de procriar
Parem já de se reproduzir
O mundo está infectado
E colocar mais um no mundo por ruir
Parem já de procriar
Vai querer que seu filho
Viva nessa merda como nós
Parem já de procriar
Mais um bandido vestido de mocinho
Mais um mocinho se tornando em bandido
Uma criança que apanha na escola
Ou uma que bate nos amigos
Ninguém é impune
Nesse mundo cretino!
Parem já de procriar!
Parem já de se reproduzir!
A sua imagem e semelhança ele vai sair
Tão fudido quanto você
Tão fudido quanto nós todos.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Nada sei.


 Gostaria de salientar que nada sei, pouco procuro saber e não me faço de sabichona. Não que isso seja errado, o saber nunca é errado, mas quanto mais acreditamos saber, menos procuramos aprender.
  Quantas certezas tiverem menos opiniões iremos mudar. Uma criança evolui rapidamente, estando em constante conflito de interesse seu, e apenas seu, mudando de escolhas o tempo todo, nem sempre obtendo êxito em sua jornada, porem evoluindo, e se decidindo aos poucos. Quando chegamos à odiada adolescência, duvido que nunca tenha escutado essa frase de sua mãe, tia, avó, ou qualquer pessoa próxima: “Ele (a) adora ter razão!” ou “Você sempre acha que está certo”, e eis um fato engraçado, achávamos mesmo que estávamos corretos. Mas na verdade não estávamos, e caímos e nos machucamos muito mais do que quando crianças, e assumíamos que de nada sabíamos.
 Então repito “nada sei”, sem falsa inocência ou ingenuidade. Não por de fato não saber, mas por de fato ter coragem o bastante pra dar minha cara a tapa pro mundo e admitir que não estou pronta para escolhas. 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Vai chegar.


Eu queria trocar todos os cigarros do mundo
Todo o álcool, que é possível o consumo
Pra estar um dia com você.
Eu trocaria noitadas perdidas
Beijar mulheres desconhecidas
Pra estar um dia com você.
Eu venderia toda minha estante de livros
Rasgaria a carta de motorista
Pra estar um dia desses com você.
Jogar o celular fora, e ser sua vizinha
Ter contato direto com você sozinha
E assim, talvez estivesse com você.
Estaria descontente, aborrecida
Me veria apenas como a menina da porta ao lado
E eu nunca me contentaria!
Supostamente perderia as chaves
Inventaria qualquer frase
Para você me acudir.
Quando o chaveiro vir
Perguntar se não quer um chá
Ou sentar para conversar.
E tudo isso pra me aproximar.
Que talvez com o papo possa se interessar.
E eu sei que esse dia tá pra chegar.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Não's


Nunca.
Não.
Não faço questão.
Não. Nunca.
Não quero mudar de opinião.
Jamais.
Desista.
Não é só um assunto.
Não, não, não!
Não faça questão.
Não finja interesse.
Só fale a verdade.
Ou seja mais um “não”.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia do Rock?

 Como podemos nomear assim um dia, se o Rock não é um movimento, é um estado de espírito, é encontrar o que procura num refrão, ou num solo de guitarra... Talvez uma bateria que se sobressai, gritar pra todo mundo que seu país é uma bosta, ou gritar pra todo mundo que você é o melhor.
 Dia do Rock?
 O Rock não tem dia, no rock não se contam semanas, meses, e anos, se contam fatos que um dia aconteceram nessa seguinte conta e hoje são compassos de uma melodia.
 No máximo, 1, 2, 3 e 4! Não precisamos de muito mais.
 Dia do Rock?
Atitude de verdade é não se apegar a datas pra comemorar algo que você já comemora todos os dias, enquanto escuta, ou vira pra um amigo e fala: SÉRIO, VOCE TEM QUE OUVIR ISSO!
 Então me recuso a trocar minha foto de profile de onde seja, afinal, eu sei o quanto ao o rock, não é um dia que vai me fazer amar menos ou mais.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ela e seu veneno.



 Será que você é capaz de prever os estragos que uma mulher pode fazer?

 Implode, explode, destrói, arruína.

 Usa seu veneno das formas mais sádicas, ou irônicas.

 E o frasco vermelho paixão caiu do balcão,

 Colocou uma dose de preto solidão.

 Mas se não tiver preto solidão, me sirva uma dose de Ilusão

“Ilusão Escarlate”, que sarcástica!

O extraordinário é que não nos deixa sem saborear.

Que eu me proteja da minha falha tentativa em expressar.

 Meus versos nunca serão o bastante para demonstrar o que realmente sinto.
 Não importa se é amor ou dor, ego ferido ou coração partido.

Amparada em si

 A mulher corre sozinha pela calçada, procurando uma alma tão aflita quanto a sua para dividir a vontade insaciável de não se sentir sozinha.

 Ela mal sabe que o segredo está em não procurar, se entregar ao acaso, com alguns casos, e se for bom, esperar que continue e se não continuar, não aguarda nem procura.

 Se amar como única, se firme, enquanto for capaz de se apreciar em absoluto, poderá receber o amor que tanto almeja.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Digna.

  E parece que o tempo parou no dia em que te conheci, senti minhas pernas e braços tremerem, minha alma por um longo instante fora do corpo. O coração batia mais rápido do que uma competição entre bateristas, e ainda sinto isso quando me lembro de você, seus olhos em minha direção.

 Porém, as lembranças positivas são trocadas, com uma facilidade extrema, e vejo de novo, seus olhos cheios de lágrimas, seus ataques de fúria, e nada é maior do que o que eu sinto, mas não me permitirei causar a mesma dor que te causei.

 Fui criança, quando deveria ser mulher. Covarde, quando deveria ser forte, e achando que era forte mergulhada em arrogância.

 Minha petulância não nos levou a lugar nenhum, minha falha tentativa de ser melhor, só me piorou.

 Hoje sei, do que sou capaz, e por isso me afasto das boas pessoas que encontro, e dedico poucos esforços a relacionamentos fadados ao fracasso. 

 Só vou me entregar de novo, quando estiver pronta, e me sentir digna de amar.

Sozinhos.


Existem pessoas que nasceram para ser só, incompreendidos. 
Perdidos, e quantos mais procuram um abraço, mais encontram o descaso.
Filhos de um sentimento eterno que se chama solidão,
Rodeados de emoção. E para que? É tudo em vão!
Não importa o tempo, está sempre frio, para os filhos da desilusão..

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Calma


Eu levo comigo, um coração ferido
Não tão bonito, e desajeitado
Entrego com dificuldade
Sem prazo para ser curado

Eu, por mais que queira não consigo consertá-lo
Ou ele está muito cheio, ou muito encharcado
Mas mesmo assim ele machucado,
Levanta a cabeça e segue o passo.

Não que ele não ame, jamais
Ele ama como nenhum outro é capaz
E se entrega como nenhum outro o fará
Só precisa de calma para lidar. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ode ao Álcool...


Elizeth Cardoso diria, eu bebo sim, estou vivendo
Tem gente que não bebe e está morrendo
E Jimmy, responderia, estamos todos bêbados
Bêbados de cair, e todos que não estiverem bêbados dêem o fora daqui
E dentro e fora do carvanal quer ouvir todos cantar
Eu passo mão na saca saca saca rolha e bebo até me afogar
E Raul Seixas cantando levemente ao fundo
Veja um poeta inspirado em Coca-Cola que poesia mais sem graça ele iria expressar.
E em outro ritmo, eles convidam: “Vamu simbora prum” bar
Beber, cair e levantar!
E garçom, aqui nessa mesa de bar, você já ouviu Reginaldo Rossi chorar
Mas preste atenção em mim também, por favor!

sábado, 21 de maio de 2011

Feliz.

Sabe como eu sei que estou apaixonada?

Está na forma como ando!



Meu caminhar é um samba de gafieira.



Cada passo, expondo a alegria que só a dança tem



Aquele gingado, puxado pro malandro carioca



Só me falta o terno branco com a camisa em tom listrado



Perto dela é um bolero, mais lento e romântico



Mas sem perder o ar maroto



Espero que entre nós role um Tango



Quente, apaixonante, mas sem a tristeza pra atrapalhar.



E posso não ter o dom do Zouk ou da Lambada,



Mas Lenine me ensinou a levar na valsa.



E com calma levo, quando a ansiedade baixa.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ritmo de frouxidão.

Eu procurei uma canção pra explicar o que eu sentia
Uma bossa nova, ritmada em frouxidão
Era frio, era medo, eram todas as surpresas da vida
Aquela musica que diz pra todo mundo
Que do mundo já não sabe o que esperar, não.

Se está sozinha e não confia no sentimento
Coloca uma música triste, pra tentar dar vazão
Mas sua tibieza é ela não amar mais não
Não encontrar uma música que explique a sensação.

Vejo as palavras por elas ditas, e pensa
"Será possível alguém que ama?"
O amor, pra ela simplesmente esgotou?
Ou desperdiçou, como bica de água pura perto do esgoto?

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A sinceridade é curta.



Meus textos não têm finais, não têm meios, não tem inícios, tem o dom de um pensamento perdido, tem a força de uma pessoa incerta, tem a certeza de quem não tem certeza de nada, mas expressa o pouco que 'acha', que passa o pouco que vê, e quem conhece entende, apesar de não ter inicio, não ter meio e muito menos um final. Mas tem a essência, tem o pouco da alma da mulher que queria ser menina, ou da menina que queria ser mulher.

Eu admito que não queria ver... Mas eu vi


Eu vi a tristeza no seu dia-a-dia.
Eu vi a franqueza de uma alma ferida
Eu vi a fúria de uma menina perdida
Eu ouvi gritos à noite
Eu senti o frio que vem do oeste
Eu percebi seu choro quieto
E percebi seu pensamento incerto
Eu vi sua cabeça baixa
Eu vi você fora da faixa
Eu vi o vazio dos seus olhos
Implorando por novos modos
Eu vi o álibi notório, que virou o jogo
Que te fez perder de novo.
Que te fez perder o sono.
Que te fez imaginar
Que te leva pra um mundo
Onde eu só repeti o repertório
Eu vi a fragilidade da donzela
E vi a força da amazona
Eu vi o frio da russa
E o calor da que usa burca.
Eu a vi em todo tipo de lugar
E mesmo assim, não consigo deixa-la andar.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Morda-me


Eu vou descobrir quem é você;
Eu vou descobrir detalhes que você não gostaria que eu soubesse.
Vou desvendar seus gostos, e tudo que você deseja.
Morda-me com força, e mostra que se importa, nem que seja pra me causar dor.
Me cause qualquer sensação, mostre que quer me ver sentindo algo por você.
Nem que seja ânsia, nem que seja vontade de correr, nem que seja te querer...
Mostre que também se importa, ou simplesmente mostre que não me quer.
Me enxote, me diz que de nada valho, que pra voce eu e o nada somos comparáveis...
Me puxa, o braço, o corpo, o cabelo... morda-me com força por favor...
Pra sentir prazer ou dor. Pra sentir frio ou calor.
Morda-me, por favor!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Não é Fácil - Marisa Monte com observações pessoais


Não é fácil
Não pensar em você
(O que será que aquela vaca ta fazendo?)

Não é fácil
É estranho
(Será que hoje tem jogo do curintia? Ela é corinthiana)

Não te contar meus planos
Não te encontrar
(Tropecei numa pedra e pisei no cocô)

Todo dia de manhã
Enquanto tomo meu café amargo
(Sabe aquele que você proibiu de por açúcar porque engorda)

É, ainda boto fé
De um dia te ter ao meu lado
(Mesmo sabendo que você me faz mal)

Na verdade eu preciso aprender
Não é fácil, não é fácil
(Pois cansei de sofrer na sua mão)

Onde você anda
Onde está você
Toda vez que saio
Me preparo pra talvez te ver
(Coloco aquela camisa azul que tanto adora)

[...]

Se você quisesse ia ser tão legal
Acho que eu seria mais feliz
Do que qualquer mortal
(Seria feliz ao seu lado e ao mesmo tempo infeliz)

Na verdade não consigo esquecer
Não é fácil
É estranho
(Não consigo esquecer as mancadas, é foda)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ode à Possessividade

Hoje me bateu uma bad de você, daquelas que fazem os olhos lacrimejar.

Hoje bateu aquela bad de você, que me faz querer te ligar.

Eu jurei ontem: "Amanhã não vou me importar"

Se talvez amanhã bater outra bad, hoje eu juro que tentei evitar.

Só de sonhar que talvez esteja com outra, eu sinto a bad chegar.

E que se eu te esbarrar na rua, de mãos dadas com qualquer outra pessoa, eu não 
conseguirei ignorar.

Toda vez, e qualquer vez, que rola uma oportunidade de bad, eu acabo por me deixar levar.

Essa bad, que é a pior bad ever. Essa vontade louca de te roubar.

Tentar assim, enfiar na minha mente, que eu fui a última a te ter, saber que sou a ultima a te amar.

terça-feira, 19 de abril de 2011

HELP


Alguém abaixa essa musica irritante, por favor?
Alguém tira daqui, aquela menina que tá me encarando, por favor?
Será possível aumentar um pouco as luzes? Mal enxergo meus amigos!
Hey, tira esse bafo de álcool da minha cara, ‘linda’.
Tem coisas que simplesmente começam a cansar.

quarta-feira, 30 de março de 2011

 Cansada dessa vida, onde eu me dedico e me entrego, decidi viver num momento, nem que seja só, mas feliz e bem!
 E a trilha sonora do momento:
 Migalhas - Simone

quinta-feira, 10 de março de 2011

A cura para todo sofrimento? Mais sofrimento!


Impressionante como o tempo cura?
Cura o que? O que cura é o novo sofrimento!
A nova sensação de medo sempre ficar no lugar da antiga
Nunca aposte todas as suas cartas numa única tristeza.
Acredite sempre no dia melhor, mas não espere que ele aconteça
Perfeito, sem detalhes ruins, sem casos e acasos
Aposte toda a sua esperança, e empenhe toda a sua força
Pois se cair, não será a primeira, nem a ultima.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Baladeira de Plantão

Cabelos sujos, jogados, despojados de qualquer vaidade

O rosto molhado, suado, livre de qualquer toalhinha seca

A camiseta, amassada e sem estampa.

A calça, preta desbotada, manchada, quase branca de tão imunda

O tênis, até que está apresentável cadarço trocado, por um branco perola

Passa um carro, preto, recém lavado

Uma janela abre, uma menina cheirosa e bem arrumada

Grita bem alto:

-AGHY, VAMOS PRA BALADA.

Eu como não estava preparada, pra um convite naquele estado, respondi:

-Só se for agora meu bem!

Gotinhas

Caiu mais uma gota, cai gotinha cai.


Caíram várias gotas, quantas gotinhas caem ali.

Eu olhei abismada, quantas gotinhas já bateram aqui.

Nessa rua, o asfalto, já afundado de tantos carros

Quantas gotas por ali, passaram

Será possível uma estimativa

Dê-me o cálculo, para acertar

O numero de vezes que uma gota de chuva

Cai no mesmo lugar.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Aquilo que precisa ser dito


Você há 2 anos foi meu presente de aniversário.
Foi o que de mais valioso eu ganhei de aniversário. Ganhei de um ser superior que acredito ser baseado em amor.
Eu te senti pertinho de mim, eu te abracei, eu te beijei e eu te amei.
Eu te amei desde o primeiro momento que a vi.
Eu amei o seu vestido, amei os seus olhos, e seu cabelo de japonesa morta SAFKLJFSA.
Eu amei a Brysa, eu amei a Ju, eu amei a Juliane, mas a que eu mais amei foi a minha Bibi.
 Exatamente, 2 anos atrás, éramos jovens e cheias de esperança. Tudo poderia dar certo, mesmo se fosse pra dar errado.
Lembro daquela quinta feira, onde eu dormi no metro, voltando pra casa, e pensei, valeu a pena chegar tarde em casa.
Valeu a pena, ficar de castigo, acordar cedo com cara de sono, porque eu te vi.
 Eu achei que viraríamos amigas naquela segunda semana,onde falamos sobre o passado e pessoas que pertenceram á ele.
 Acreditei estar apaixonada, e estava mesmo. Numa festa onde você me deixou de lado, eu chorei depois de brincar de virar com os meninos na sala, abracei uma estranha, estava numa casa no São Judas... Eu também acreditei que não teríamos mais nada.
 Na sua casa, eu cochilei no sofá, eu pra um lado, e você para o outro, como crianças exaustas de tanto brincar deitam e dormem de qualquer jeito. Eu lembro que estava passando clipes no multishow, eu lembro que era um hip hop, e que do nada, você estava em cima de mim, me beijando com tanta ferocidade, senti o desejo mais forte que já tive em toda minha vida.
 Ficou tarde, e nos despedimos, com uma palavra que apesar de ser dita por uma, as duas ficaram com medo: Escolher.
Escolher entre eu e ela, eu disse “Voce tem que escolher o que vale a pena pra ti”, mas e se ela tivesse escolhido a outra?
Mas não, você me escolheu, naquele dia na praça do Whitaker, com uma garrafa de qualquer bebida barata, chocolate e tictac, eu perguntei gritando e na frente dos seus amigos,”você quer namorar comigo?”, aquele sim, seguido de um beijo.
 Eu contei pra todos os meus amigos, os quais não levaram a sério, afinal eu namorava com uma menina diferente todo mês, mas você foi diferente, pra você eu telefonei, eu pedi, eu chorei, eu esperei, eu conquistei, eu achei pelo menos que havia conquistado.
 Aos dois meses de namoro, exatos, fomos ao Starbucks, onde você pediu um Frappuccino de Chocolate grande, e no dia seguinte, após muitas brigas eu pedi um tempo, mas não por mim, por você. Estava tão confusa e perdida quanto você, mas meu coração só tinha uma dona, e não duas.
 Eu chorei, sofri, e sai com meus amigos, um dia após o outro, eu sai. Eu bebi, eu chorei, eu dancei, me exclui de mim e de qualquer chance pra pensar, pra me divertir. E você, beijou a sua ex, no Clube Glória.
 Aquela magoa , dor e sensação ruim de que o mundo desmorona sobre a sua cabeça. Como poderia continuar assim? Ah mas a gente tenta calar o sofrimento com amor, que eu já tinha grande e brilhante aqui dentro por você.
 Mas eu sabia que ele estava aqui dentro, remoendo e crescendo, um assunto mal resolvido e pendente, ele queria respostas, ele queria gritar, queria me fazer gritar, chutar tudo que tivesse pela frente, e assim eu comecei com essa mania horrível de chutar cadeiras, quando saímos e encontramos seus amigos. E você se atrasou.
 Eu nunca achei que surtaria por um atraso, mas eu surtei. Surtei por um atraso, por uma palavra mais alta, por não conseguir acordar, por uma noite ruim, por uma noite boa, por qualquer coisa. Aquela magoa guardada, me deixava cada dia mais mal, e você também. E não é atoa que você precisou de outras pessoas. Não naquele momento, onde você me tinha dizendo que queria o seu melhor, mas eu estava agindo com uma certo amor doente, onde você era minha, deveria ficar trancada, e não falar com mais ninguém, nem pensar em mais nada que não fosse eu.
 Passamos por tantas coisas, e eu disse tantas coisas e você fez tantas coisas, nosso namoro, que virou uma guerra, onde quem saísse mais magoada no fim do dia era a perdedora, e cá entre nós, nenhuma de nós sabia perder.
 E todo dia era a mesma história, e eram términos de algumas horas, até alguém voltar atrás.
 Ou até o dia em que a primeira vez que uma mão se levantou, ou a segunda vez que isso aconteceu, e quando nossas brigas não se resumiam em palavras, mas também em coisas quebradas, cabeçadas, murros, chutes, choros, desculpas, implorando perdão, dizer que nunca mais se repetiria.
 E eu, sempre cumpri minha palavra. Mas seu medo de mim, fazia com que agisse como maluca as vezes, janelas quebradas, gritos, ir pro meio da favela tarde da noite, beber sozinha, conhecer meninas... =/
 Era o nosso namoro guerra. Onde só nos machucamos, achando que o amor sempre seria o bastante pra nos manter unidas.
 Só sei, que de repente, éramos só nós duas no mundo. Numa certa copa do mundo, muita tequila, karaoke, eu disse eu quero voltar, e nós fizemos sexo, e não amor.
 Eu lembro de você me pedir desculpas, e eu também pedir. Mas como nossa guerra não acabava nunca, não bastava.
 Eu fui viajar um pouco depois, e você também, separadas alguns dias, á muitos quilômetros uma da outra.
 Longe de você, me purifiquei, sua falta quase me matou, queria dividir aquela paisagem, aquele lugar contigo, queria você ali, queria estar com você, sem brigas. E voltei levantando a bandeira branca da paz.
 Mas você não, ahh não, na sua viagem a guerra continuou, e você acumulou tantos pontos que não há como negar, eu fui a perdedora.
 E você me disse, estamos infelizes, vamos terminar. Eu chorei  e implorei, e você disse “Não, acabou mesmo”
 Voltei pra casa, caindo, mais tonta do que se estivesse bêbada,
 É tão estranho ter consciência que nunca mais sentirei o cheiro daquele seu creme impregnado em mim. Saber que nunca mais sentirei teu gosto, aquele gostinho de pasta de dente. E ainda por cima, quando eu for ao banheiro, não ter de tampar a pasta que você deixou aberta mais uma vez.
 E saber que nada que eu tenha feito foi o suficiente. Que as noites mal dormidas, as festas clandestinas,  o abajur pegando fogo, a sua cama quebrando, a janela quebrando, dentro do guarda roupa, no sofá, na livraria, descendo a Augusta, subindo a Augusta, nos curtindo na Paulista, nos odiando na Paulista.
 Que nada que eu tenha feito, foi tão bom quanto elas. E saber hoje, que eu te amo, e que você me ama, mas com toda essa nossa carga, todo esse desgaste, eu não tenho condições de voltar pra você, apesar de tudo que sinto, te amar como mulher, como amiga, como minha família, meu lar, minha esperança, sempre ter te visto como futuro. Saber que hoje, não tenho condições, que um dia eu voltei despreparada e te magoei, e você me magoou.
Que todas as vezes eu que terminei, chorei e voltei. Pelos meus erros, por meus ataques de fúria, pela minha egocentricidade... eu to aqui ainda, chorando as nossas mágoas; Chorando por mim e por você. E infelizmente, eu preciso chorar muito mais.
Eu te amo, e vou te amar pra sempre.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Será que volta?

 Tanto faz como me sinto.
 Tanto faz mesmo, vou ignorar meus instintos.
 Não vou me guiar por qualquer sinal, que eu possa imaginar como certo.
 Eu quero correr pra direção certa, e só quando eu puder ver a estrada reta, sem nenhuma possibilidade de errar, nela eu vou seguir na maior velocidade!
 Pegar todas as palavras de amor, de paixão, ou até mesmo de um singelo gostar, e jogar contra o vento, esperando ele me trazer de volta.
 Se voltar que bom, se não voltar também, tanto faz.