quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Vácuo

 Queria descrever como o vazio é, sem nada ao seu redor, nem vozes e ruídos perdoam a alma aflita que grita e não consegue nem ao menos escutar o eco no infinito.
 Não existe frio para rachar os lábios, nem verão para dourar a pele macia como a de um bebê pairando, na espera de uma escapatória. Uma porta que se materialize no nada e te permita voltar para os braços da sua existência, que a partir daí só poderá ser interrompida pela morte tão temida pros que vivem nesse galpão de informações.
 Partiu lendo um livro com páginas em branco e o titulo riscado para não criar em sua mente uma história aleatória com base naquilo.
 Que seja para sempre o imenso e infinito vazio, as memórias um dia apagadas voltem sem a distração dessa vida e de outras (Se é que existem.) para nos alimentar de experiências vividas e esquecidas, a maturidade e experiência ignorada ou simplesmente não absorvida, faça menos falta.
 Irmãos de sangue, irmãos de coração abalados pelo oco que você é, naufragando qualquer chance de navegar por outros portos, se é que existem portos novos para se conhecer.
 

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